sábado, 31 de janeiro de 2015

DISTÂNCIA


Após ter passado o meu período sabático, aqui estou novamente, pra compartilhar momentos. Foram as melhores férias da minha vida até agora. Uma semana viajando pelo paraíso natural uruguaio e outra matando a saudade do mar de Capão da Canoa. Mas principalmente de parte da minha família materna, que vive no litoral norte gaúcho. Foram férias reflexivas, pensativas e principalmente de perspectivas.

Tirar os dias de folga pra pensar na vida é muito bom. Planejar o futuro não é fácil, e requer no mínimo um pouco de tranquilidade, lucidez, areia, vento e mar. E foi o que eu mais fiz pra tornar minhas decisões certeiras.

O destino não é  só um clichê, e eu também descobri isso. A personagem principal dos meus sonhos de fadas teve uma grande oportunidade. A minha namorada. Ela recebeu uma proposta de emprego muito boa, para trilhar o sonho de voar. Voar pra lugares novos, pra culturas novas, pra conhecer novas pessoas e pra longe de mim. Pode soar melancólico em um primeiro momento e talvez até certo ponto seja, mas eu vejo tudo como um grande desafio de prova de amor. E provar que a distância não é problema em um relacionamento, não é uma tarefa nada fácil.

Essa nova etapa na vida dela, de comissária de vôo, levará ela até a capital brasileira, lugar onde ela terá que se fixar. Ela lá, e eu aqui. Se amar, sem convívio.

Vai dar certo!!? É a dúvida que eu quero responder. Eu só fico me perguntando qual é o ponto amoroso, o nível de confiança e apreensão de saudade que teremos de encarar. Nada como alguns joguetes do destino em meio a esses dias que vem sendo os mais doces de se viver.

Acima de tudo, eu sinto muito orgulho de ela ter conseguido alcançar os objetivos dela tão jovem. Ela merece mais do que ninguém. Vai ser um salto na carreira. Sempre vou apoiar ela sem pensar em nós, primeiro o que for melhor pra ela. Nós? Nós vamos de uma forma ou de outra ficarmos bem.

A gente para pra pensar sobre tudo, e cada vez surge um pensamento novo sobre o que virá a acontecer. O medo da perda é algo assustador de se pensar, mas "Se depender de mim eu vou até o fim", canta o refrão do Humberto Guessinger, que também traduz os meus pensamentos.

Apesar das incógnitas sobre o futuro eu só quero acreditar na certeza de que eu ainda vou me sentar na varanda um dia e olhar para aquelas covinhas, flácidas, mas com as marcas de um amor que durou uma vida inteira, e que foi levado mais adiante, até a eternidade!

Aos últimos 4 meses mais intensos da minha vida, eu tenho a plena certeza de que juntos, nós faremos o amor valer a pena!!! Aconteça o que acontecer!!!